terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Meu café de boteco.


Um copo de café requentado
Só meu e meio gelado
Pra acalmar os soluços úmidos
Que já saem cansados.

Do meio copo de café
Se é de metade cheia ou vazia
Ela não sabe não
Se é cafeteira ou confusão.

Um copo meio sem café
Pra garota ali do lado
Que desapercebida passa
Sem pó nem grão.

Precisa de mais café
Pra beber logo e embriagar
Os impessoais cortes inflamados
De tanta pessoa que tem.

Só um pouco de café
Forte e sem açúcar
Num copo qualquer
Num boteco jogado.


                   Pequena como as coisas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Corrida de gotas.

Amo o som da chuva, mas infelizmente não é tão fácil escutá-lo, pois as paredes frias do meu quarto não me deixam ouvir. Então espero e espero, assim quando os primeiros pingos começarem a deslizar pela minha janela, estarei lá fora para ouvi-la cair.


                              Pequena como as coisas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010


                                         Jellyfish
                        Qualle    
                        Medusa
                        Méduse
                        μέδουσα
                           Água-viva.
                        

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sobre o Sentido sentido.


Falta da falta que (não) senti,
Do caminho que (não) andei
E do amor que (não) amei

Porque corri e (não) fui lá
Chorei (s)em encontrar
No lugar (quase) existente
Do caderno que (nunca) apareceu

E as estrelas (fora) do desenho
Que um dia desenhei?
como (não) pude amar
um (quase) alguém

(in)existente.

                             Pequena Como as Coisas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Apenas um vestido sujo.



Sair correndo sem parar, 
Pelas ruas para algum lugar, 
Que fica no sul de lugar algum. 
Aonde você quer chegar?

Dentro do submundo da sua imaginação, 
No buraco da árvore da criação
Aonde você quer chegar ?

Sem mesmo o chão tocar,
De cabeça para baixo, fugindo sem lugar, 
Nas flores sem cores, 
Subindo e descendo sem parar,
Aonde você quer chegar ? 

Girando sem lugar;
Aonde você quer chegar ?
Aonde ela quer estar ?

Nas portas pequenas,
Passagens secretas, 
Na fortaleza de lugar algum,
Aonde você quer chegar?

A chave para as portas abertas,
Na sua mente vão estar,
Algum Alguém pode ajudar.
Aonde você quer chegar?

Ela discute e não sabe o porquê, 
E ninguém sabe, 
Ela senta e começa a chorar,
Ela quer fugir pelas ruas de algum lugar! 
Aonde você quer chegar ?

Aonde ela quer estar ? 
Está disposta a ir pra lá ?
Aonde você quer chegar?

Túneis de terra, girando em esfera, 
Muitas escolhas num vestido sujo,
Eu quero encontrar e vou procurar,
O tempo sem ponteiros não pode contar
Aonde você quer chegar ?

A casa fresca de ponta cabeça ,
Onde apareceu Algum Alguém
Que vai ajudar, 
Ele também quer ir pra lá.
Aonde você quer chegar ? 

Aonde ela quer estar ?
Aonde fica o lugar ?
Aonde você quer chegar ? 

Ninguém podia achar, 
Enquanto os ventiladores giravam sem parar,
O que ninguém sabe, 
O que ninguém quer falar;
Onde começou, no tempo frio 
O cachorro fugiu e ela caiu. 

Atordoada no conto de algum lugar, 
Enquanto Algum Alguém ria
Junto das pequenas janelinhas. 
Aonde você quer chegar ? 
Tudo e nada fora de lugar.

                                                     Pequena como as coisas.


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O grande Rei.


Perdeu-se em contas,
Contando o tempo,
Não se deu conta
Do tempo que perdeu.

Pobre homem cogumelo!
Pensa que conta
Finge que pensa
Tanto que o tempo já perdeu a conta
Contando o tempo que perdeu.

Corro atrás de coisas grandes!
Correndo o homem de cabeça pequena
O grande Rei sou,
Ocupo muito espaço.

Sou um homem sério!
Sou um homem sério!
Não sabe onde quer chegar
O pobre homem cogumelo!

                            Pequena como as coisas.



Não penso ser um livro qualquer, nem um conto por ai. Pelo contrário, no meu conceito é um livro fantástico, não apenas "um que todos já leram um dia na vida"; nem uma simples história, mas um livro pessoal, com visões pessoais, pontos de vista pessoais. O único que me faz desejar fazer parte da história, desejar ser a história, mesmo que no inconsciente.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sobre as meias de algodão.



  • Não gosto de meias- diz a garotinha, com as pequenas sobrancelhas tão jovens e já franzidas.
  • Ora garota tola! Uma hora na vida temos que calçar meias, querendo ou não.
  • Por quê? Não gosto do que elas fazem! Esquentam quando está calor, e deixam frio quando chove, assim sua função é totalmente desprezível!
A garotinha irritada brigando com as meias por não serem o que ela esperava, o que é meia? Meia, meias.
  • Estou cansada disso! - diz a garotinha, com ar de gente grande revirando os olhinhos.
  • Olha, contarei um segredo, mas preste muita atenção! Com as viradas do caderno você entenderá, mas nem sempre as coisas obedeceram os nossos pensamentos e nem mesmo os pensamentos de uma vida toda! Meias sempre existiram, e continuarão a viver sua existência fútil, mesmo que ninguém goste disso. Isso é uma pena sabe..- disse a menininha que cresceu, suspirando com os calmos olhos, baixos, tristes, e conformados com a situação - talvez.. quem sabe um dia querida garotinha, poderemos esquecer as meias ,uma vez que todos já provaram e sabem o indescritível sabor de uma inteira.
                                                           Pequena Como As Coisas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Garota indiferente.


O que faria, se descobrisse que não é diferente que não existe fada do dente e que não é contente?
O que faria se aquilo que sonhou não é verdade e que todos sonhavam na cidade o mesmo sonho igual?
Que não passa de uma farsa, que seu jeito e dança  não tem tanta graça, quanto pensou um dia.
O que diria se descobrisse que o que era especial, não era tão legal, e para muitos apenas normal?
O que fazia e mostrava era vazia, e todo mundo já sabia a muito tempo atrás.
Que a pequena e inocente, palavras ditas por ilustres, eminentes, ou que assim diziam ser.
E você, só mais uma nesse espaço, desse modo, enquanto tentava se enquadrar nesse papel. 

   Pequena como as coisas.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Difíceis, mas sempre necessárias.


Quando você opta por mudar alguma coisa, há motivos atrás.Ninguém muda algo se tudo ocorre bem, talvez trabalho, família, complicações, entre outros impliquem em mudanças,  mas nesses casos, já não é uma opção.
A necessidade de mudança, aquilo que incomoda dentro e ao seu redor tem prós e contras. Você nunca terá 100% de certeza da sua decisão pois o ponto em que você está tem seus momentos bons, o problema está nas coisas ruins que na maioria das vezes prevalecem.
Mudanças são boas, nos fazem crescer e amadurecer, e o que nos faz desistir e permanecer em inércia é a incerteza de como será o novo, se sentirei falta das outras coisas, e muitos outros 'se'. Arrisque, afinal é o único jeito de saber se vale ou não a pena.


                                                                          Pequena como as coisas.


domingo, 12 de setembro de 2010

-Ela é tímida!

Foto Caitianne. encontrei-a no Flickr, suas fotos sâo encantadoras
Ah passarinho, não fique tristonho à toa!
 Um pouco mais de sensibilidade faria a garotinha se aproximar
 Mesmo não tendo muito senso, nem razão.


Pequena como as coisas.

                                                                                              

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Botão.

A magia de uma pequena flor
A ponto de desabrochar num ramo pronto
Entreaberta, esperando o momento certo
Com seu frágil corpinho dança
Ao convite do vento.
Suas doces pétalas ao som do entardecer,
Já quase aberta, desmancha e voa
Com os primeiros sopros de outono.

Pequena como as coisas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

De olhos fechados, atrás de um raio de sol, pois ainda é cedo. sim o pó das estrelas ficou sobre os olhos, e conta uma por uma, as flores no chāo.

Pequena como as coisas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Shopping center
Olhar a manequim de uma loja é deparar-se com o silêncio triste de uma boneca que cresceu. E que agora só queria inverter a brincadeira e vestir em você aquele monte de roupinhas.
                                                                                                                             Rita Apoena.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tocando o céu
   Estrelas de papel
    Por dentro do anel
     No silêncio do pincéu..
                                                 Pequena Como As Coisas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Segredos, Segundos de um prévio casulo.

Sim, um dia lagartas entrarão para um novo mundo, mas o que acontece quando fogem seus caminhos?
alguém pisa sem saber que destrói uma borboleta.Muitos não sabem do mistério que escondem!
Então assim, mudando o mudado destino de uma pequena lagarta, e deixando com o acaso, talvez alguém poderá sorrir porque viu uma borboleta.
                                                                                                  Pequena Como As Coisas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sonhos de um quase aviador.

Queria entender o que não posso, e fazer o que imagino, viver o que penso, sonhar, viajar sem mesmo sair do lugar. Ler escondida debaixo de um cobertor, imaginar as vozes de um aviador, sonhar em ser rei, mágico e pequeno, imaginar a vida pelos olhos de um coelho; ficar em silêncio, entrar dentro do espelho.
Criar uma rosa, cativar seu perfume, admirar seus espinhos e temer sua partida. Viver correndo por um livro, folhear uma biblioteca inteira. Parada nas folhas do meio, visitar as estrelas e morar na lua, ser acendedor, geógrafo, bêbado, rei e barbante. Afastando a cadeira para ver só mais um por-do-sol. fechar os olhos e imaginar se um carneiro comeu ou não uma rosa.
                                                                                                                         

Sim, ela ama um pequeno príncipe, e fica muito intrigada ao imaginar o fim da história, mas mesmo assim aguarda, rindo docemente, assim como as estrelas*


                                                                                                                               Pequena como as Coisas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Antes de pensarem alguma coisa a respeito do que escrevo,  direi um pouquinho do que encontraram por esse Blog!
Tudo que está ou virá a ser postado aqui, é de minha autoria, mas se for de outra pessoa, certamente terá seu devido crédito. É um Blog basicamente poético, com curiosidade, metáforas, entre outras coisas.
Por hoje é só, mas sinceramente espero que gostem do Blog.


                                                                                                                                 Pequena como as coisas.

Já são 5:00.

Venha às 5:00 e te convido para entrar
Fique o quanto desejar
Te convido para um chá

Seja às 5:00 me convide para dançar
Tendo a noite a esperar
Nos convide para amar

Já são 5:00 e não viu que estou lá
Não me quis para dançar
Deixando meu amor a desejar

Não veio, e não virás
Pois já são 5:00 e eu espero
Sem amores nem chá.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sim, é desse modo.

Enquanto ela tentava ver o mundo a seu modo, piscou entre um tempo e as coisas, piscando, piscando, até conseguir enchergar, achou o seu modo de ver, e mudar.