terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Meu café de boteco.


Um copo de café requentado
Só meu e meio gelado
Pra acalmar os soluços úmidos
Que já saem cansados.

Do meio copo de café
Se é de metade cheia ou vazia
Ela não sabe não
Se é cafeteira ou confusão.

Um copo meio sem café
Pra garota ali do lado
Que desapercebida passa
Sem pó nem grão.

Precisa de mais café
Pra beber logo e embriagar
Os impessoais cortes inflamados
De tanta pessoa que tem.

Só um pouco de café
Forte e sem açúcar
Num copo qualquer
Num boteco jogado.


                   Pequena como as coisas.