terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Farol de tinta.


Disse que seu tempo acabava
Pois o cansaço vencia os ventos
E que podia apenas ver o pôr das horas.

Contestar-te não pude,
Alegrar-me não mais;
Via apenas suspiros teus
Sobre os meus olhos molhados.

O mar embalou meu canto seco
Mostrando os dias esquecidos
Dentro de um balde de conchas.
Não pude deixar o grito ecoar,
O fôlego não chegou até o final.

E como um último sopro;
Os dedos deslizando a espinha
Voltaram a tinta.
As canções suspiradas,
Voltaram a margem.

O farol quase amante
Deixou-se cenário.
E o pôr das minhas horas,
Voltou a ser imagem.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Como assim "Sob meus olhos..."? Essa frase é minha! haha ótimo post, parabéns! (:

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